DIA DO ENFERMEIRO - 12 DE MAIO

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Instituído pelo Presidente Getúlio Vargas através de decreto-lei em 1938, o Dia Mundial do Enfermeiro é comemorado em 12 de maio, dia em que nasceu Florence Nightingale, considerada a fundadora da enfermagem moderna.


A profissão também é homenageada na Semana Brasileira de Enfermagem, instituída pelo presidente Juscelino Kubitschek por decreto-lei. De 12 a 20 de maio, os conselhos regionais de enfermagem promovem encontros, palestras e outras atividades para avaliar e divulgar a profissão.

A principal tarefa do enfermeiro é assistir os doentes, no sentido de promover sua recuperação. Auxiliar direto do médico, cuida dos pacientes internados em hospitais e/ou clínicas, observando seu estado geral.
Também chefia os técnicos em enfermagem e controla o uso do material médico-hospitalar, fazendo com que os medicamentos sejam ministrados conforme a prescrição médica.

O enfermeiro também pode atuar no atendimento domiciliar a pacientes idosos, acidentados ou acometidos por doenças crônicas. Deve cuidar de sua higiene e bem-estar, além de se responsabilizar pela aplicação de remédios, quando necessário.

No Brasil

Pioneira na profissão no Brasil, Ana Justina Ferreira, ou Ana Néri, tem um significado especial para os profissionais de enfermagem. Assim como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que não permitia à mulher trabalhar fora de casa.


Nascida em Cachoeira, na Bahia, em 13 de dezembro de 1814, Ana Neri coloca-se à disposição para cuidar dos feridos nos campos de batalha da Guerra do Paraguai (1864-1870), depois que seus dois filhos são convocados. Ela improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos doentes.

Cinco anos após a guerra, retorna ao Brasil e é acolhida com carinho e homenageada pelo governo imperial.

A primeira escola de enfermagem fundada no Brasil recebeu o nome da enfermeira que veio a falecer em 20 de maio de 1880.

O curso

As aulas téoricas dividem a atenção dos alunos com as aulas práticas de Anatomia, Microbiologia, Citologia, Parasitologia e Histologia e matérias sobre administração, psicologia e sociologia também fazem parte do currículo.

No segundo ano, o aluno já começa a praticar o atendimento a pacientes e a atuar em enfermarias. O curso dura, em média, quatro anos e o estágio supervisionado é obrigatório.

Mais de 60 instituições de ensino superior em todo o país oferecem o curso de enfermagem. E para quem quer começar na profissão, um curso técnico pode ser o primeiro passo.


Campo de atuação

Existe, no mínimo, dez áreas de especialização em enfermagem. O enfermeiro organiza os serviços de enfermagem em hospitais e clínicas, além de supervisionar os trabalho dos técnicos.

Na área médico-cirúrgica, atua nos centros cirúrgicos, unidades de terapia intensiva (UTIs), pronto-socorros e unidades de hemodiálise.

Se fizer opção pela obstetrícia, deve acompanhar gestantes ou trabalhar em programas de planejamento familiar.

Em pediatria, cuida de crianças e recém-nascidos em berçários, creches, clínicas pediátricas e UTIs. E na área psiquiátrica, presta assistência a pacientes com distúrbios psíquicos e de comportamento.

Na enfermagem geriátrica, assiste idosos, doentes ou não, internados em clínicas de repouso e hospitais. E na área de resgate, compõe equipes de salvamento a vítimas de acidentes de trânsito, incêndios e calamidades públicas.

Quando atua no trabalho, presta serviços em empresas, geralmente participando de programas de prevenção a doenças. E se escolhe a área de saúde pública, orienta a população sobre enfermidades, campanhas de vacinação, além de atender pacientes em clínicas, postos de saúde e hospitais públicos.

Uma área que vem ganhando destaque, além de muito procurada pelos profissionais é a da enfermagem especializada em dependência química. Hospitais e clínicas psiquiátricas estão transformando espaços ociosos em enfermarias para atender dependentes químicos e com isso aumentando as oportunidades de trabalho aos profissionais dedicados a esta área.

Lutando por um ideal

Florence Nightingale, nascida em Florença, na Itália, começou seus estudos em um curso de treinamento na Alemanha somente aos 31 anos, pois sua família era contra.

Em 1844, passa o inverno em Roma, estudando o exercício da profissão nas irmandades católicas. Julgando seus conhecimentos insuficientes, visita o hospital de Dublin, na Irlanda, dirigido pelas irmãs de Misericórdia da Ordem Católica de Enfermeiras, e o trabalho realizado pela Maison de la Providence de Paris, na França.


Atuou como enfermeira na Guerra da Criméia (sul da Rússia), de 1854 a 1856, ao lado de 38 voluntárias. Bastou chegar às enfermarias que o índice de mortalidade entre os hospitalizados baixou de 40% para 2%.

Por sua dedicação aos feridos da guerra, recebeu um prêmio do governo inglês com o qual funda a Escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, primeira escola de enfermagem do mundo, em 1859.

As escolas que ajudou a fundar seguiam sua filosofia, que pode ser resumida em quatro princípios:

1. O dinheiro público deveria ser usado no treinamento de enfermeiras
2. Deveria existir uma estreita ligação entre hospitais e escolas de treinamento
3. O ensino de enfermagem só deveria ser realizado por enfermeiras profissionais
4. Durante todo o período de treinamento, as estudantes deveriam ter direito à residência com ambiente confortável e agradável, próximo ao local de trabalho.
Florence trabalhou até os últimos dias de vida, vindo a falecer aos 80 anos, em 13 de agosto de 1910.

(IBGE)


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